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Tal da memória o cúmulo
Sôbre aquella alma cai.
Que vezes elle aos posteros
A si narrar-se vai,
E sôbre a eterna página
Tomba a cansada mão !

Que vezes elle, ao tacito
Morrer d'ignavo dia,
Baixo o olhar fulmineo,
Braços cruzados, via
Os dias, que já foram-se,
A mente lh' assaltar !

As móveis tendas lembram-lhe,
Dos muros os abalos,
Dos sabres os relampagos,
A onda dos cavallos ;
O concitado imperio,
O prompto obedecer.