mostrou-as todas tres e perguntou ás princezas se eram aquelles e ellas disseram que sim. O rei disse que escolhesse d'ellas a que quizesse e elle não escolheu; trincou a orelha ao demonio e o demonio appareceu-lhe e disse-lhe:
— Que queres?
E pediu-lhe a orelha.
— Dou-te a orelha, mas has de dizer-me qual d'ellas é que tem melhor genio.
E elle respondeu-lhe:
Leva-as todas tres para dentro e cá de fóra pede-lhe o dedo mendinho da mão direita pelo buraco da fechadura.» A que tivesse uma cova na cabeça do dedo era a que tinha melhor genio.
Elle assim fez; a primeira que veiu era a que tinha a covinha e tinha sido a que lhe dourara o cabello.
O rei perguntou-lhe o que queria que se fizesse aos outros dois.
— A um mandae-o deitar d'um poço abaixo; e ao outro andar em volta do jardim agarrado ao rabo (com licença) do cavallo e um homem a chicotal-o até elle morrer. «Acabou.»
(Foz do Douro.)
Havia um homem que tinha tantos filhos, tantos que não havia ninguem na freguezia que não fosse compadre d’elle e vae a mulher teve mais um filho. Que havia do homem fazer? Foi por esses caminhos fóra a ver se encontrava alguem que convidasse para compadre.