moças, e os outros dous foram expulsos, depois de muito castigados, e as duas princezas se casaram com outros principes.
Uma vez um homem tinha tres filhos. Cada um por sua vez sahiu para ganhar a sua vida, indo primeiro o mais velho e ao depois os outros dous. O primeiro tinha um pé de larangeira e disse: «Quando o meu pé de larangeira começar a murchar, me açudam, que eu estou em perigo.» Elle ganhou o mundo e foi dar na casa de uma princeza, que tinha duas irmãs parecidas com ella. La chegando, pediu rancho e lhe foi dado; mas na hora da ceia a moça pegou com elle uma aposta, dizendo que quem comesse mais seria senhor do outro. O moço concordou e puzeram-se na mesa. A moça comeu muito e, quando não pôde mais, pediu licença para ir lá dentro, e mandou uma de suas irmãs a substituir. Esta veiu e começou a comer, e o moço, que a não tinha visto, a tomou pela primeira. Afinal elle não pôde mais e arriou, e ficou por captivo. Lá em sua casa entrou a murchar o seu pé de larangeira, e o irmão do meio foi ao pai e disse: «Meu pai, meu irmão mais velho está em perigo e eu quero ir em soccorro d'elle.» — «Pois bem, vai; mas tu o que queres — minha maldição com muito dinheiro, ou minha benção com pouco?» — «A maldição com muito.» O moço partiu, e, ao sahir, disse: «Quando o meu pé de limeira começar a murchar me açudam que eu estou em perigo.» Sahiu e andou muito. Foi ter justamente em casa da princeza onde se achava pre-