ra, então, lhe pediu que, quando entrasse em casa, para não se esquecer d'ella por uma vez, não beijasse a mão de sua tia. 0 principe prometteu; mas quando entrou em palacio a primeira pessoa que lhe appareceu foi sua tia, a quem elle beijou a mão, e se esqueceu, por uma vez, de Guimara, que o tinha salvado da morte. A moça lá perdeu na terra estranha o encanto, e ficou pequena como as outras, mas sempre triste.
Uma vez havia um rei que tinha seu palacio defronte de uma casa onde morava um velho que tinha tres filhas bonitas. A mais bonita de todas chamava-se Dona Pinta e o rei se apaixonou por ella.
Uma vez estando elle na varanda a querer namoral-a, ella, que estava brincando com um gatinho arribou-lhe o rabinho, e mostrou-lhe o boeiro… O rei ficou muito zangado e quiz arranjar um meio de entender-se com a moça livremente para vingar-se. Mandou chamar o pobre do velho e lhe disse que precisava que elle fosse vencer umas guerras. O velho se desculpou muito, e disse que ia fallar com suas filhas para vêr o que ellas diziam. D. Pinta lhe disse que prometesse ao rei ir, mas pedisse uma espera de alguns dias. Esta espera era para dar tempo a ella para fazer um alçapão na casa.
Passados os dias, o velho seguiu para as guerras, deixando a cada uma das filhas uma rosa, dizendo: «Quando eu voltar, cada uma ha de me apresentar a sua rosa