disfarça ou tinge de negro, ou cinzento, vide tambem o Pentamerone, II, 2.» O conto baseia-se sobre um equivoco de linguagem, que vem reforçar a elaboração do mytho. Nos Contos populares portuguezes, n.º LXV, vem uma versão de Coimbra com o titulo A velha fadada.
26. O peixinho encantado. — Ha uma outra versão da Foz do Douro intitulada João Mandrião, nos Contos populares portuguezes, n.º XXX. Vide nota 14, retro. Nos Portuguese folk-tales, de Consiglieri Pedroso, apparece com o n.º XVII sob o titulo O preguiçoso filho da Padeira, diversificando no episodio da laranja. Ralston, na sua Introdução (p. VII) considera-o commum a todo o oriente da Europa, e cita os n.os 55, do volume V dos Skaski de Affanasieff, os n.os 32 do vol. VI, e 31 do volume VII; depois da vasta collecção russa, cita o conto n.º 19 dos Contos de Grimm, O pescador e sua mulher; uma variante nos Griechische Märchen, n.º 8, de Hahn, e termina dizendo que na Asia esta tradição conserva uma fórma mais rasoavel. Sobre os Peixes-Salvadores vid. n.º 14.
27. O figuinho da figueira. — Nos Contos populares portuguezes, n.º XLI, vem uma versão de Coimbra sob o titulo A menina e o figo. Acha-se nos Contos populares do Brazil, de Sylvio Romero, n.º XVI, com o titulo A Madrasta. Celso de Magalhães colligiu-o na tradição do Maranhão.
28. A da varanda. — Pertence ao cyclo da Maria Sabida. Em uma variante que ouvimos no Porto ha o estribilho:
E a cabra na cama,
A fazer de madama?
29. A noiva formosa. — Vide o conto n.º 1, e a nota correspondente.