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Asiatic Researches, t. XX, p. 348 (1836). Depois d'estas largas indicações apresentadas pelo Dr. Köhler ao n.º 12 da collecção de Schiefner, ao n.º 5 da collecção de Laura Gonzenbach, e aos n.os 25 e 26 da collecção de Stephanovic, accrescentou mais estas fontes utilisadas por Sr. Prato: Jecklin, Tradições populares do Cantão dos Grisões, p. 105; W. Webster, Basque Legends, p. 176; Bladé, Trois contes populaires, p. 33; Luiz Leger, Cantos heroicos, e canções populares dos Slavos da Bohemia: O Soldado; Asbjörnsen, e Moe, Contos norueguezes, o que se intitula: O rico mercador. Com as Notas de Köhler, de Cosquin, Ive, Teza e Prato sobre este conto ficou esgotada a área das investigações, sendo possivel organisar o seu encadeamento genealogico, e por elle remontar ao seu sentido mythico.

A Edade media sympathisou com esta lenda da substituição das crianças por animaes, como se vê na Historia do Cavalleiro do Cysne, Storia della Regina Stella, no Dolopathos, no velho theatro francez, Du Roi Thierry, e nas tradições dos Lohengrin (Grimm, Veillés allemandes, t. II, p. 342 a 378.) Evidentemente, quando mais vasta é a universalidade de um conto, tão mais profunda é a sua origem tradicional e pela investigação das fórmas mais simples se chegará ao seu valor mythico.


41. As sonsas. — Ha uma versão da Beira-Baixa nos Contos populares portuguezes, n.º LXI, com o titulo As filhas dos dois validos, do grupo colligido por Consiglieri Pedroso. Traz os seguintes estribilhos:

— Ah estrangeirinha, estrangeirinha!
Que esta caixa era minha.
«Pois se a caixa era vossa
Pela virtude sereis rainha.


42. A mão do defunto. — É uma versão popular do Barba azul. Gubernatis, na Myth. zoologica, t. I, p. 182, resume o XIV conto esthoniano, de Fred. Kreuzenwald,