Açvins, isto é, aos Genios da luz no seu nascimento e occaso.» (p. 59.) Gubernatis, na Mythologie des Plantes, t. II, p. 129, traz um conto hungaro, em que uma irmã mais nova é morta pelas duas mais velhas, e uma flauta é que revela o crime. Segundo a sua interpretação mythica as duas irmãs são as duas metades da noite. O poder da flauta apparece no conto da Çakuntala, no de Polydoro, e em um conto toscano; no Rig-Veda (X, 135) Yama toca uma flauta, á sombra da arvore que canta, com que acorda todos os antepassados mortos. (Gub., ib., t. I, p. 94).
A nossa versão foi colligida pelo sr. Leite de Vasconcellos, e publicada na Vanguarda, n.º 39, em 1881; ha outra versão nos Contos populares portuguezes, n.º XL. Vide Stanislao Prato, Quatro Novelline livornesi, p. 57, onde discute este thema nos mythos hellenicos, na Eneida e Divina Comedia.
Ha uma versão de Sevilha, intitulada La Flor de Lililá, publicada na Biblioteca de las Tradiciones populares españolas, t. I, p. 196.
55. O Sargento que foi ao inferno. — Apparece este conto na versão allemã de Grimm, Os tres cabellos de ouro do Diabo. (Vid. Contes Choisis, trad. Baudry, p. 138.)
56. A princeza que adivinha. — É vulgar em Hespanha (Carmona e Arahal); acha-se com o titulo Las Trez Adivinanzas, em Demofilo, Colleccion de Enigmas, p. 310. Nos Contos populares portuguezes, n.º XXXVIII, intitula-se As trez lebres, e traz os seguintes estribilhos em verso:
Comi carne sem ser caçada;
Em palavras de Deus assada;
Bebi agua que não foi do céo cahida,
Nem tambem na terra nascida.