O rei, comprehendendo e explicando tudo:
N'aquella vinha eu entrei
Em pampano algum toquei,
Pelo sceptro que tenho aqui
Nenhum fructo lá comi.
63. A mulher curiosa. — Acha-se nos Contos populares da Gram Bretanha, trad. de Brueyre, p. 273.
64. As favas. — O sentido phallico primitivo ligado á fava, apparece em todo o seu vigor aqui; o sentido funerario explica-se pela ameaça de morte que pesa sobre o rapaz que faltou ao respeito á rainha. (Vid. Gubernatis, Mythologie des Plantes, t. II, p. 132.) Nos costumes populares da Italia, a fava branca que apparece no bolo é a rainha e a fêmea.
65. A velha das gallinhas. — O thema d'este conto acha-se no Violier des Histoires romaines, cap. 56, p. 168. São trez gallos que revelam, segundo a interpretação da camareira, a infidelidade da senhora. Este conto acha-se, segundo Gustave Brunet, no Dialogus creaturarum moralisatus e por ventura generalisou-se na Europa a titulo de Exemplo de prégadores.
67 e 68. Março marçagão. — Publicado pela primeira vez pelo sr. Leite de Vasconcellos, na Vanguarda, n.º 75 e 76. O março é mythificado nos anexins populares portuguezes. Em uma versão que colligimos o estribilho era:
Eu sou o Março Marão,
Que curo meadas e esteiras não.
69. A alegria da viuva. — É uma fórma popular da antiga tradição da Matrona de Epheso, tão frequentemente citada nos escriptores classicos. Nas Horas de Recreyo,