morte do mensageiro repete-se na tradição do Pagem da Rainha Santa Izabel. (Vid. nota 173.)
162. Quanto vale a boa sogra. — Nos romances metrificados, como de Dom Bozo e D. Pedro, a sogra é sempre crúa. A mulher que engana o marido mettendo-se com elle na cama é um thema popular de muitos contos; este, porém, já recebeu fórma litteraria na composição de Shakespeare, Tudo é bom quando acaba bem.
163. O que Deus faz é pelo melhor. — Acha-se no Conde de Lucanor, de D. João Manuel, n.º XVII (ed. 1642, fl. 81). Indubitavelmente esta redacção do seculo XIV tem uma fonte arabe. Sob o n.º 136 deixámos outra redacção portugueza do ms. do seculo XIV, Orto do Sposo.
164. A rainha virtuosa e as duas irmãs. — (Vid. a versão popular, n.º 39 e 40 e nota respectiva.)
165. Quem tudo quer, tudo perde. — Acha-se na collecção italiana Il Novellino, conto X; passou a adaptar-se aos Jesuitas, e attribue-se a differentes personagens historicos. A fórma italiana vem em Nanuci, Manual della Letteratura, t. II, p. 65.
166. O falso principe e o verdadeiro. — Sobre o thema tradicional de um principe que se dá a conhecer pela sua valentia, vide o n.º 44. Em um conto da Edade media, que vem no Novellino, e no Baculo Pastoral, o principe é ensinado por um mestre, que tem mais doze discipulos em quem bate quando o principe erra a lição.
167. Constancia de Griselia. — É notavel a relação que existe entre o texto de Trancoso e a redacção castelhana de Timoneda no seu Patrañuelo, n.º II (ed. Ribadaneyra, p. 131). Ou Timoneda traduziu a sua versão da