Página:Contos amazonicos.djvu/71

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O procurador, cruzando os braços, cravou os olhinhos verdes no carão do velho Estevão. Depois, com um sorriso entre sardônico e triste, começou:

Ainda me lembra a Mariquinha, como se a estivesse vendo. Tão profunda foi a impressão deixada no meu espírito pela desgraça de que foi autora e vítima ao mesmo tempo a afilhada do tenente-coronel Álvaro Bento, a mais gentil rapariga de Vila Bela! Era uma donzela de dezoito anos, alta e robusta, de tez morena, de olhos negros – negros, meu Deus! – de cabelos azulados como asas de anum! Era impossível ver aquele narizinho bem-feito, aquela mimosa boca, úmida e rubra, parecendo feita de polpa de melancia, as mãozinhas de princesa e os pés da Borralheira, impossível ver aquelas perfeições