Página:Contos e phantasias (Maria Amália Vaz de Carvalho, 1905).pdf/283

Wikisource, a biblioteca livre

LINCOLN E GRANT


De vez em quando a tela monotona d’esta nossa vida de Lisboa, unicamente bordada de pequeninos cancans politicos, litterarios e sociaes, rompe-se com a chegada, ou para melhor dizer, com a passagem de um viajante illustre.

Em geral os viajantes que por cá apparecem não chegam, passam.

É mais verdadeiro o verbo, embora lisongeie muito menos a vaidade nacional.

Este nosso modesto Jardim da Europa á beira-mar plantado, como a caridosa phantasia do poeta do D. Jayme lhe chamou, tem poucos attractivos que chamem os viajantes.

D’entre os que nos teem visitado, só um, e esse na sua qualidade de mulher tinha amplo direito para se entreter com devaneios illusorios, só