OS DENTES DO BRAZ
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IV
À dama n’um magnifico sobrado
Entra, e após ella o Braz tambem, coitado!
Ella, do alto da escada, grita: — Suba!
E elle, com mais denodo
Que um hespanhol em Cuba,
Sobe, mas fica todo
Atrapalhado quando vê que um homem
No patamar o espera.
Um lobo, um tigre, ou qualquer outra fera
Dessas que nos atacam e nos comem,
Tamanho susto não lhe causaria;
Mas o dono da casa lhe sorria,
Dizendo: — Queira entrar... tenha a bondade...
O cavalheiro tem necessidade,
Disse minha mulher, dos meus serviços,
Essa bocca realmente
Pede uns dentes postiços...
Entre, e lhe afianço: ficará contente!
V
O Braz entrou, e, passeando a vista
Por tudo que o cercava,
Notou então que estava
Em casa de um dentista;