UM PASSEIO DE BONDE
(Producção dos 17 annos)
— Pscio! para onde
Segue este bonde? —
O cocheiro interrogado
— Para a Estação — me responde;
A taboleta não vê? —
— Muito obrigado.
— Não ha de que.
Era um bonde fechado.
Sentei-me, carrancudo,
Pensando em nada ou em tudo,
Que tudo ou nada vem a dar no mesmo,
E eu penso em tudo e em nada
Todas ás vezes que passeio a esmo,
Por dar alivio á mente attribulada.
O bonde parte. Eu estava só. Ninguem
Me fazia
Companhia.
Porém
Alguem
Lá vem: