Página:Contos fluminenses.djvu/288

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— Ingrata! Bem sabes que não ha chuva em casos taes.

— Demais, accrescentou Azevedo, fez-se a festa tão á capucha.

— Fosse como fosse, eu sou de casa.

— É que a lua de mel continua apezar de cinco mezes, disse Tito.

— Ahi vens tu com os teus epigrammas, disse Azevedo.

— Ah! isso é máo, Sr. Tito!

— Tito? perguntou Emilia a Adelaide em voz baixa.

— Sim.

— D. Emilia não sabe ainda quem é o nosso amigo Tito, disse Azevedo. Eu até tenho medo de dizêl-o.

— Então é muito feio o que tem para dizer?

— Talvez, disse Tito com indifferença.

— Muito feio! exclamou Adelaide.

— O que é então? perguntou Emilia.

— É um homem incapaz de amar, continuou Adelaide. Não póde haver maior indifferença para o amor... Em resumo, prefere a um amor... o que? um voltarete.

— Disse-te isso? perguntou Emilia.

— E repito, disse Tito. Mas note bem, não por ellas, é por mim. Acredito que todas as mulheres