Página:Contos fluminenses.djvu/297

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minhas razões. Veja se posso amar ou pretender: primeiro, não sou bonito...

— Oh!... disse Emilia.

— Agradeço o protesto, mas continuo na mesma opinião: não sou bonito, não sou...

— Oh!... disse Adelaide.

— Segundo: não sou curioso, e o amor, se o reduzirmos ás suas verdadeiras porporções, não passa de uma curiosidade; terceiro: não sou paciente, e nas conquistas amorosas a paciencia é a principal virtude; quarto, finalmente: não sou idiota, porque, se com todos estes defeitos pretendesse amar, mostraria a maior falta de razão. Aqui está o que eu sou por natural e por industria.

— Emilia, parece que é sincero.

— Acreditas?

— Sincero como a verdade, disse Tito.

— Em ultimo caso, seja ou não seja sincero, que tenho eu com isso?

— Eu creio que nada, disse Tito.