Página:Contos fluminenses.djvu/323

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— Qual... Preciso de algumas lições... Se m’as quizesse dar?...

— Eu? Está sonhando!

— Ah! eu sei que o senhor é forte... É modesto, mas é forte... é até fortissimo! Ora, eu sou realmente um aprendiz..... Tive ha pouco a idéa de desafial-o.

— A mim?

— É verdade, mas foi uma loucura de que me arrependi...

— Além de que não é uso em nosso paiz...

— Em toda a parte é uso vingar a honra.

— Bravo, D. Quixote!

— Ora, eu acreditava-me offendido na honra.

— Por mim?

— Mas emendei a mão; reparei que era antes eu quem offendia pretendendo lutar com um mestre, eu simples aprendiz...

— Mestre de que?

— Dos amores! Oh! eu sei que é mestre...

— Deixe-se d’isso... eu não sou nada... o Sr. Diogo, sim; o senhor vale um urso, vale mesmo dous. Como havia de eu... Ora!... Aposto que teve ciumes?

— Exactamente.

— Mas era preciso não me conhecer; não sabe das minhas idéas?