Página:Contos fluminenses.djvu/348

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No dia seguinte, ao meio-dia, Diogo apresentou-se ao Tito, e depois de fallar sobre differentes cousas, tirou do bolso uma cartinha, que fingira ter esquecido até então, e á qual mostrava não dar grande apreço.

— Que bomba! disse elle comsigo, na occasião em que Tito rasgou a sobrecarta.

Eis o que dizia a carta:

« Dei-lhe o meu coração. Não quiz aceital-o, desprezou-o mesmo. A sua bota magoou-o de mais para que elle possa palpitar ainda. Está morto. Não o censuro; não se deve fallar de luz aos cegos; a culpada fui eu. Suppuz que pudesse dar-lhe uma felicidade, recebendo outra. Enganei-me.

« Tem a gloria de retirar-se com todas as honras