Página:Contos gauchescos (1912).djvu/122

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E a sua, inda que mal pergunte?

— Juca, patrício... Juca no mais... Quando render, espero a sua pessoa para um amargo!...

— ‘Stá feito!... Vá em paz!...

E outra vez nos mexemos, agora sobre o acampamento dos legais. Começamos a ouvir o falaraz dos homens, assobios, risadas, picamento de lenha, uma rusga de cachorros.

Mais umas braças. Chegamos. No meio do campestre uma fogueira grande, rodeada de espetos onde o churrasco chiava, pingando o fartum da gordura; nas brasas, umas quantas chocolateiras, fervendo; armas dependuradas, botas secando, japonas abertas, e ponchos, nos galhos. Deitados nos pelegos, nas caronas, muitos soldados ressonavam; outros, em mangas de camisa, pitavam, mateavam.

Do lado da sombra uma carreta toldada. Num fueiro, pendurado, um porongo morrudo, tapado com um sabugo; vestidos de mulher, arejando, diziam logo o que aquilo era. Pertinho, outro fogão, também com churrasco, uma chaleira aquentando e uma panela cozinhando algum fervido... Uma fumaça mui azul, cerrava tudo, alastrando-se na calmaria da ressolana.