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Internet (seremos “livres” para expressar o que for permitido, isto é, o que não for “extremismo”).

Enquanto isso, no domínio psicológico de guerra cibernética, esses controle se estende sobre as formas de se implantar na psique coletiva modos de entender e percepções fantasiosas da realidade. Principalmente em mercados, no front da guerra cambial, para manipular o valor de ativos e moedas sem lastro impostas por força militar. E individualmente, forjando provas falsas contra quem incomoda ou desobedece a esse poder absolutizado pelo controle tecnológico das intermediações. Inclusive de suicídio. E o rótulo de extremista, como sinônimo jurídico de terrorista, vai ficando cada vez mais elástico. A informatização sob tal controle abre um leque enorme para planejamento e execução de ataques de bandeira falsa, estopins de toda guerra global, que só passaram a ocorrer após a invenção dos bancos centrais.

Resumindo: o direito de bisbilhotar por atacado, em nome de uma segurança abstrata qualquer, concedido tacitamente a quem controla o uso de TICs por quem oferece ou aceita argumentos em torno do meme "quem não tem nada a esconder...", inclui o direito de se fabricar provas falsas e irrefutáveis mas legalmente válidas contra qualquer um. Isto significa um convite para transição a um Estado fascista global contra o qual a única defesa eficaz da cidadania será o refúgio ermitão em cavernas.

Não sei se esta tentativa de explicação foi simples, mas é muito semelhante à descrita por George Orwell, em “1984”. Para os céticos, os que acham que isso é tudo teoria da conspiração, que sua comodidade modernosa não será abalada pelo regime de vigilantismo global – que ademais conta com a sua complacência, para os que estão em dúvida se vale a pena ler as crônicas do Anahuac, sugiro, como contexto, duas leituras preliminares: Uma, da definição de 'conspiração': tanto faz a definição jurídica, no art. 171 do Código Penal, como a etimológica, por exemplo a do Dicionário Houaiss ('conspirar' vem de “respirar juntos”).

Outra, notícia de uma decisão da empresa Apple, de proibir a venda de I-phones no território da Crimeia (por exemplo,