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Em terceiro, que o metro de Paris é algo de surpreendente, inclusive o de Sao Paulo fica parecendo trenzinho de criança.

Quarto, os franceses correm de voce quando voce fala com eles em ingles ou espanhol.

Quinto, aqui esta fazendo calor, ou seja, meu casaco de couro foi bater dentro da bolsa, que ja estava pesada. Sexto, como nao poderia deixar de ser, me perdi tres vezes dentro do metro e tentei perguntar para mais de vinte pessoas como chegar na Torre Eifell, e tudo o que eles entendiam era Eifell, e me diziam: “Uy!, uy! Eifell”, e mais nada.

Finalmente, consegui chegar à Torre Eifell depois de umas 3 horas de metro e trens urbano, algo que certamente nao deveria levar mais do que 20 minutos. Ufa! hehehehehehehe

Que nada. Agora começa a segunda parte do martirio: na torre Eifell, também nao ha onde guardar bagagem. Podem rir, podem rir gostoso, até porque, a esta altura do texto, até eu estou rindo de mim mesmo enquanto escrevo.

Bem, cheguei ao ultimo andar da Torre com minha bolsa, todos me olhando como se eu fosse um louco e meio que adivinhando que eu nao deveria ser europeu. Inclusive encontrei uma familia de brasileiros la em cima, mas, para evitar que eles ficassem constrangidos, ou que a imagem brasileira fosse manchada, preferi ficar calado e quieto.

Enfim, tive coragem de pedir para alguem tirar uma foto minha. Foi um cara de barba e terno: um paquistanes muito legal, mas que nao fala nenhuma lingua moderna, so aramaico antigo e que acho que nunca tinha visto uma camera digital antes... Custou um pouco, mas, atraves de sinais, consegui que ele percebesse que o botao que ele insistia em apertar era o botao de power e nao de tirar fotos.

Depois de sair da torre Eifell, tive um grande memento de tranquilidade embaixo da torre. Decidi fumar um cigarro e tomar uma coca-cola. Dezenas de orientais e africanos vendiam refrigerantes e agua, foi facil comprar uma coca, o dificil foi acreditar que uma simples coca-cola em lata custa 2 euros, ou

24 | Anahuac de Paula Gil