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haveriam de revisitar a dimensão sociopolítica de seu campo. Estariam, portanto, na linha de frente da resistência necessária ao exercício de direitos humanos em uma crescente disputa tecnológica que acompanha a digitalização dos espaços cívicos e políticos na Internet.

Em grande medida, essa provocação já habitava o espectro ideológico dos cypherpunks. E como a recente história do ciberativismo vem demonstrando, não são os criptógrafos, mas os cypherpunks que defendem com unhas e dentes o emprego de criptografia forte em sistemas de comunicação e armazenamento de dados, conscientes — e promotores — de dimensões tecno-sociais que vão além dos desafios matemáticos da criptografia.

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