Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/431

Wikisource, a biblioteca livre

fortuna deíle fcu Rey, porque iiao era cm poder, ou faber de homens, tão grande, e tão nova coufa como ellcs acabaram. ElRey de todas eftas práticas, e louvores do calo era fabedor, porque naquelles dias não fe faJlava em outra coufa, que era para dlc dobrado contentamento, faber quão prompta eílava a vontade de feu povo pêra proíeguir eíla conquiíla. E porque pela informação que tinha da navegação d′aquellas partes, o principal temipo era partir daqui em Março, e por fer já muito curto pêra no feguinte do anno de mil e quiniicntos fe fazer preíles a Armada, teve logo confelho no modo que fe teria nefta conquiíla: cá, fegundo o negocio, ficava fufpeitofo polas coufas que D. Vafco da Gama paíTára, parecia que mais havia de obrar nelles temor de armas, que amor de boas obras. Finalmente aífentou ElRey, que em quanto o negocio de íi não dava outro confelho, o mais feguro, e melhor era ir logo poder de náos, e gente, porque ncíla primeira vifta que fua Armada déíle áquellas partes, que já ao tempo de fua chegada toda a terra havia de eftar poíla em armas contra ella, convinha moftrar-fe mui poderofa em armas, e em gente luzida. Das quaes duas coufas, os moradores d′aquellas partes podiam cpnjeílurar <jue o Reyno

de