Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/475

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leu imigo recebia mais honra, e algum proveito que o mais magoava, a qual dor o fazia trabalhar que nao fe déílc carga ás noílas náos, e ainda fobreveio coufa com que lhe pareceo que o fcu deícjo haveria melhor eíFeito; e o caío foi cíle. Soube elle que de Cochij, huma Cidade obra de vinte léguas dalli, era fahida huma náo, a qual vinha da!lha Ceilão, e trazia fete Elefantes, que levava por mercadoria ao Reyno de Cambaya, e era de dous mercadores do mefmo Cochij, a que chamavam Mammale Mercar, e Cherina Mercar. Eíla náo como havia de paíTar a viíta das noíTas, pareceoIhe que com elia podia executar leu ódio á noíta cuíla, porque per qualquer via que travaíTcm com ella, por fer náo mui poderofa de até feiscentos toneis, receberiam os noíTos muito damno; e quando o ella recebeíTe, ficavam em ódio com os mercadores de Cochij, e de toda aquella coíla, com que náo achaíTem acolheita em porto algum. Com a qual tenção foi-fe a Aires Corrêa, e limulando que lhe fezia nifto fer viço, diffe-lhe como elle tinha recado, que do porto de Ceilão partira huma náo, a qual vinha carregada de toda forte de efpeciaria, que bem poderia carregar duas das noffas, e hia pêra Meca, e de caminho havia de tomar algum gengivre em Cananor. E por

quan-