Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/517

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vo efpiritò, fabendo que na índia tinham já dous portos tão pacíficos, etao íeguros, onde podiam tomar carga, como eram o de Cochij, e de Cananor, e mais tendo lá Feitoria com Oíiiciaes pêra iíTo ordenados. Porque ccmo da índia nao tinham mais nova, que a que trouxera D. Vafco da Gama, e a navegação daquellas partes não era fabida, antes de toparem eíia carta, liiam ás clcuras, e mui confulbs em ília viagem. Feita íua aguada, e reígate de gado com alguns Negros, que alli vieram ter, fizeramíe á vela caminho de Moçambique, onde chegaram, na entrada de Agoilo, e dahi foram ter á Cidade Quiloa, aos quaes o Rey da terra co palavras mais que com obras recebeo, e alli acharam António Fernandes Carpinteiro de náos degredado, que Pedralvares leixou, e hum.a carta fua, que lhe enviou de Moçambique per hum zam.buco de Mouros, quando per alli paíTou, vindo pêra efte Reyno, e aíli outra carta pêra qualquer Capitão, que per alli paííaíTe, do teor da de Pêro deTaíde. E entre algumas Coufas, de que lhe António Fernandes deo conta do que paliava entre aquella barbara, e infiel gente, foi, que alli eítava hum Mouro chamado Mafamede Anconij, que lhe tinha feito muita honra, e tanta;, que fe por elle não fora;, algujis Mouros o mataGg li ram.