demorar mais uma hora por cada dez ri que tem a percorrer, os portadores são punidos severamente.
O ri equivale aproximadamente a mil e duzentas jardas inglezas.
Em Hiogo, vimos grandes pontes de pedra construidas em tempos remotos que nos dá idéa do engenho dos japonezes; assim, é que na construcção das abobadas elles procedião do mesmo modo que os europeus, com a differença, que o trabalho era muito mais moroso, pela deficiencia de meios mecanicos.
O quarteirão dos tchaa-jias é muito frequentado em Hiogo, diante dessas casas que são construidas em roda de uma praça, os japonezes levantão arcos com bambús, e, durante a noite, os enfeitão com immensas lanternas de papel, que illuminão perfeitamente toda a praça, e dão-lhe um aspecto festivo.
Em uma das nossas excursões, entramos em um tchaa-jias que pela sua apparencia e frequencia, parecia ser o mais procurado pelas pessoas principaes de Hiogo.
Era dia de festa, a sala principal da casa de chá estava completamente replecta de passeiadores. Com difficuldades podemos nos accommodar e alli gozamos o curioso espectaculo que apresentava essa reunião de individuos, alguns vestidos á europea, e outros armados com dous sabres, cujos punhos brilhavão entre as dobras das ricas bandas de seda que os sustentavão. Lindas e jovens japonezas, pressurosas corrião aos differentes grupos a offerecer-lhes cachimbos, fumo e chá.
Um dos objectos mais indispensaveis a todo o japonez, qualquer que seja o sexo ou posição, é o tradicional cachimbo cuja fornalha é menor que o fundo de um dedal, sendo o tubo em bronze e muitas vezes trabalhado, com incrustações e ornamentos em ouro ou prata.
Os japonezes trazem este objecto preso á uma pequena bolsa de fumo, que pende-lhe do cinto.
Alguns momentos depois de nossa chegada do tchaa-jias, soubemos que teria lugar aquella noite uma dança tradicional no Japão, e em que tomão parte as jovens japonezas, que chamão a