Página:Da França ao Japão (1879).djvu/290

Wikisource, a biblioteca livre
DA FRANÇA AO JAPÃO
227

Em alguns lugares, a estrada se estreita, porém, de ambos os lados, apparecem por centenas e centenas as lapides amarellas e os massicos de alvenaria, que cobrem ou rodeão os tumulos.

Em outros lugares, são verdadeiros esquifes que se mostrão, todos de madeira e quasi sempre rodeados por viçosas couves e outras hortaliças, e que, segundo nos disserão, são sem escrupulo enviadas ao mercado de Shangai. Sob a acção dos raios do sol, estes corpos desprendem taes miasmas que o viajante é obrigado a empregar perfumes, para não se deixar infeccionar pelo cheiro nauseabundo que o obriga a conservar-se callado, e que faz desapparecer os encantos dessas excursões.

Esse modo, dos chins venerarem os restos mortaes de seus maiores, já tem sido, por varias vezes, fatal a saúde de populações inteiras.

Os esquifes, sendo de madeira e mal fechados, não preservão os corpos do contacto do ar, de modo que, em poucas horas, elles estão em completo estado de putrefacção formando, assim, verdadeiros focos de epidemia.

No fim de tres horas de rapida viagem, tinhamos percorrido os dez kilometros que separão Si-Ka-Waii de Shangai.

Si-Ka-Waii é uma pequena povoação de individuos, na môr parte jovens chinezes que recebem excellente educação moral e intellectual de dedicados missionarios jesuitas.

O collegio contava em 1874 mais de mil alumnos que se achavão divididos em tres classes:

A primeira comprehendia seiscentas e algumas crianças que aprendião a ler, escrever e contar, e, em certas horas, diversas profissões como a do carpinteiro, pedreiro, marceneiro, impressor, etc.

A segunda contava duzentos alumnos, mais ou menos, os quaes erão escolhidos d’entre os mais intelligentes e que mostravão aptidão para os estudos. Estes recebião uma educação litteraria, mas essencialmente chineza.