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De Magistro


libri duo; Contra Secundinum Manicaeum liber unus; De Natura Boni contra Manichaeos tiber unus; De Duabus Animabus contra Manichasos liber nus Acta sem disputatio contra Fortunatum Manichacurm, liber umas.

Esta distenção ficou patente no incidente que teve com o Bispo maniqueu:


[..] Hipona era uma cidade de 40.000 habitantes, constituída por uma maioria pagã e maniqueus. Existia apenas uma igreja católica e pequeno número de fiéis. O bispo maniqueu, era um tal de Fortunato, pregador eficaz e cheio de ardor. Agostinho desafiou-o para um debate público, que se realizou em frente de numerosa multidão, durou dois dias. Fortunato foi literalmente esmagado pelo ímpeto oratório do rival. Descendo do púlpito debaixo das vaias e chufas dos espectadores; o infeliz foi obrigado a fugir de Hipona (MONTANELLI e GERVASO, 1967, p. 167)


Tão quão se deu a influência do pensamento aristotélico, com a leitura das Categorias traduzidas por Victorino, porém de forma débil, por Agostinho não acessar a totalidade das obras de Aristóteles e pela impossibilidade de ler a obra no original, pois não dominava o grego, o que lhe proporcionou um estudo muito mais pragmático, em que a formalidade lógica foi restringida à aplicação do raciocínio a coisas quantificáveis, conforme assumiu:


E o que a mim se adiantava, quando contava aproximadamente com vinte anos, quando em minhas mãos vieram certa Aristotelica, aquelas que chamavam de dez categorias — [...] pareciam-me falar claramente da substância: como o homem; do que nele existia enquanto um esboço de homem, tais como; a estatura, quantos pés mede; ou seu parentesco, de quem é irmão; onde se encontra; se está calçado ou então armado; ou se faz alguma coisa ou padece de algo; e tudo o mais que se encontra nesses nove gêneros que aqui exemplifiquei, graças àquilo que possuem, como