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De Magistro


interrogationem id agendo re ipsa potius quam signo demonstrare, quod rogat, nisi forte loquentem me interroget, quid sit loqui; quicquid enim dixero ut eum doceam, loquar necesse est. Ex quo securus docebo, donec ei planum faciam, quod vult, non recedens a re ipsa, quam sibi voluit demonstrari, nec signa quaerens, quibus

eam ostendam praeter ipsam.

mostrar sem signo que o denote, exeto fosse eu interrogado enquanto discorro sobre o que seria falar. Do que quer que fale, necessitaria da locução para ensinar, após o que com segurança ensinarei, conquanto claro lhe fique, sem me afastar da própria coisa a demonstrar, tampouco buscar signos com

os quais lhe mostrar.


IV


1.Augustini - Acutissime omnino. Quare vide, utrum conveniat iam inter nos ea posse demonstrari sine signis quae aut non agimus, cum interrogamur, et tamen statir agere possumus aut ipsa fort signa agimus; cum enim loquimur, signa facimus, de quo dictum est significare.

2.Adeodatus - Convenit.

3.Augustini - Cum ergo de

IV — Natureza e Reciprocidade dos Signos[1]

1.Agostinho - Inteiramente justo! Com a locução signos que a fala significa emitimos, contudo, por quais razões vides agora acordamos, que mesmo não estando a fazer a ação quando mediatamente interpelados, poderemos sem signos demonstrar ou casualmente sugerir com o próprio signo.

2.Adeodato - Concernido.

  1. Os capítulos IV a VII estabelecem uma profunda reflexão sobre a natureza e reciprocidade dos signos, questionando possibilidades de se comunicar sem signos e as relações entre o signo e a palavra.