pouco em fazer um idílio, e eu estou com desejos de compor uma ode sáfica.
CLARA - A que respeito?
LUIZ - Respeito à crueldade das violetas.
CLARA - E depois ia atirar-se à torrente do Itamarati? Ah! como anda atrasado do seu século!
LUIZ - Ou adiantado...
CLARA - Adiantado, não creio. Voltaremos nós à simplicidade antiga?
LUIZ - Oh! tinha razão aquela pobre poetiza de Lesbos em atirar-se às ondas. Encontrou na morte o esquecimento das suas dores íntimas. De que lhe servia viver amando sem esperança?
CLARA - Dou-lhe de conselho que perca esse entusiasmo pela antiguidade. A poetiza de Lesbos quis figurar na história com uma face melancólica; atirou-se de Leucate. Foi cálculo e não virtude.
LUIZ - Está pecando, minha senhora.