Página:Desencantos - phantasia dramatica.djvu/76

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LUIZ - Não, perdoar as próprias.

CLARA - Ah! foi vítima! Tinha vontade de conhecer o seu algoz. Como se chama?

LUIZ - Não costumo a conservar tais nomes.

CLARA - Reparo uma coisa.

LUIZ - O que é?

CLARA - É que em vez de voltar mouro, voltou profundamente cristão.

LUIZ - Voltei como fui: fui homem e voltei homem.

CLARA - Chama ser homem o ser cruel?

LUIZ - Cruel em quê?

CLARA - Cruel, cruel como todos são! A generosidade humana não para no perdão das culpas, vai até o conforto do culpado. Nesta parte não vejo os homens de acordo com o evangelho.