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falleceu em Diamantina no anno de 1835; formado em sciencias sociaes e juridicas pela faculdade de S. Paulo, exerceu a advocacia em Diamantina, merecendo applausos, sobretudo quando occupava a tribuna.

Era poeta, repentista admiravel e propendia muito para a satyra, como demonstrou em algnmas composições deste genero que escreveu, espirituosissimas, ridicularisando os costumes do logar. Não me consta que fizesse collecção de suas poesias, e dellas só conheço algumas publicadas em collecções de outros, como:

O carrasco: ode —— Vem no Parnaso brazileiro de J. M. Pereira da Silva, tomo 2°, pags. 289 a 291.

O retrato: cantata — ldem, pags. 291 a 293.

Lyra: — Idem, pags. 293 a 295.

Estas tres composições tambem se acham no Florilegio da poesia brazileira, tomo 3.°

A vida do estudante — No almanak litterario de S. Paulo, tomo 6°, pags. 233 a 236. E' datado de S. Paulo, 1833.

Ha de Queiroga um madrigal que vem nas obrás de Manoel Antonio Alvares de Azevedo, tomo 1º, pag. 46, seguido de uma imitação pelo mesmo Alvares de Azevedo; e n'um tumulo do cemiterio do Diamantina, de uma moça que se envenenára por uma paixão amorosa, se lê a seguinte quadra que elle ahi gravara:

Perdi por minha imprudencia
Uma vida transitoria.
Ganhei de um Deus, por clemencia,
Vida eterna, eterna gloria.

Queiroga foi um dos redactores da

Recista da sociedade philomatica. S.Paulo, 1833.


Antonio Avelino Amaro da Silva — Não sei si nasceu no Brazil ou si naturalizára—se brazileiro, tendo seu berço em Portugal. Sendo pilota examinado pela escola naval portugueza, serviu alguns annos como agrimensor na cidade de Valença, provincia do Rio de Janeiro.

Escreveu:

O caramujo: romance historico original. Rio de Janeiro, 18".


Antonio Baptista Thomaz de Aquino — Creio que é natural de S. Paulo; si não é paulista, viveu algum tempo nesta provincia, e conheceu muito certos logares della, como indica a seguinte obra que escreveu:

A Tia Joanna: verdadeira gargalhada em um canto — Assim vi annunciada no Jornal do Commercio a representação desta peça 27 de agosto de 1831 para o theatro S. Luiz. São scenas jocosas, sem pretenções, passadas em Guratinguetá em 1878, por occasião de eleições, diz o mesmo annuncio.