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ouro, o Diario constitucional e o Semanario civico; e em Pernambuco a Segarrega e a Aurora pernambucana. Nenhum delles era propriamente instructivo.

Quanto ás associações de lettras, o paternal governo da metropole teve sempre o cuidado de cortar-lhes os vôos.

A academia brazileira dos esquecidos, fundada no Rio de Janeiro em 1724 ou 1725, desappareceu por motivos ainda mysteriosos, naturalmente, para não propagar ideias que podessem ser contrarias aos interesses do Estado, depois de algumas sessões, sendo a ultima a 4 de fevereiro desse anno.

A academia dos felizes, fundada em 1736 sob as vistas do governador, em seu palacio, hoje paço imperial, só composta de trinta membros, ainda menos tempo viveu, restando na bibliotheca nacional algumas memorias, interessantes pelo assumpto, mas de tal modo desconnexas e desordenadas, que mais parecem os primeiros traços e simples bosquejos de um trabalho que ainda tinha de coordenar-se, do que um trabalho completo.

A esta seguiu-se a academia dos selectos, a que já nos referimos, que foi fundada e celebrou uma unica sessão a 30 de janeiro de 1752, tambem no palacio do governador, com o unico fim de tecer a este elogios em prosa e em verso.

A academia dos renascidos, fundada na Bahia a 6 de junho de 1759, pela necessidade, dizem seus estatutos, « de erigir um padrão da alegria que sentiram os habitantes da Bahia com a noticia do perfeito restabelecimento de S. M. Fidelissima depois de perigosa enfermidade, e de seu affecto á real