Página:Diccionario Bibliographico Brazileiro v1.pdf/176

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manidades entrou para o commercio, e é actualmente empregado n'um importante estabelecimento do Barão de Ibiapaba. Com decidida paixão, porém, pelas lettras, e consagrando a ellas as folgas de seu trabalho, pertence a diversas associações litterarias, e tem publicado em diversos periodicos muitos artigos, quér em proza, quer em verso, e além disto escreveu:

O Senador Francisco de Paula Pessoa: traços biographicos por um amigo. Maranhão, 1880, 37 pags, in-8° — Se fecha este opusculo com alguns documentos comprobatorios.


Antonio Duarte Leite da Silva — Nasceu na provincia de Alagoas, e ahi habilitando-se com alguns estudos de preparatorios, deu-se na cidade do Pilar, da mesma provincia, á advocacia, e fundou um jornal, comprando uma pequena typographia para esse fim; mas por causa de alguns artigos publicados, si me não engano, contra influencias do logar, não só lhe destruiram completamente a typographia, fazendo-a mesmo desapparecer, como até tentaram contra sua existencia.

Escreveu :

Cantos da mocidade: poesias. Maceió, 1869 — E' um volume com quarenta e duas composições poeticas, dividido em dous livros: o 1º é offerecido a seu pae ; o 2° a seu prestimoso amigo e professor de latim o padre M. Amancio das Dores Chàves, se encerrando com doas poesias, offerecidas ao autor, e duas cartas, contendo o juizo critico da obra, do referido padre Amancio e de F. E.A. A segunda destas poesias tem por titulo: Ultimo harpejo de uma lyra quebrada, fragmento de um romance inedito, por Ignacio de Barros, de quem occupar-me-hei.

Jornal do Pilar. Alagoas, 1873-1876 — E' um jornal politico, litterario e noticioso, de que foi proprietario e redactor, cessando sua publicação por causa das violencias, que referi. Fundou e redigiu depois

Jornal do Commercio. Maceió, 1880 — Creio que pouca vida esta empreza teve.


Antonio Duarte Nunes — Nasceu em Santa Catharina ou no Rio de Janeiro, pelo meiado do seculo 18°, e seguiu a carreira das armas. Era tenente de artilharia, e servia no regimento de bombeiros, quando escreveu:

Memoria do descobrimento e fundação da cidade de S, Sebastião do Rio de Janeiro — Esta obra se conservou em manuscripto desde 1799, e foi impressa ao cabo de quarenta annos, em 1839, na Revista do instituto historico, vol. 1°, pags. 123 a 228. Comprehende uma relação dos governadores e dos bispos do Rio de Janeiro; noticias do descobrimento,