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Breves considerações sobre a medicina legal, applicada ao casamento: these inaugural. Bahia, 1852 — Trata do homem e da mulher, em capitulos separados, considerados debaixo do ponto de vista medico-legal e das relações physica e moral.

Herança pathologica: these apresentada no concurso a um logar de oppositor da secção de sciencias medicas. Bahia, 1873.


Frei Antonio de Sampaio — Natural da Bahia, e religioso, não sei de que ordem, vivia no ultimo quartel do seculo XVIII e foi um eximio prégador, mas só me consta que publicasse o seu

Elogio funebre pronunciado na Bahia por occasião das exequias de dom José I. Lisboa. 1781 — O Visconde de Porto-Seguro transcreveu alguns trechos deste elogio na sua Historia do Brazil, tomo 2°, pags. 974 e seguinte.


Frei Antonio de Sant'Anna Galvão — Chamado no seculo Antonio Galvão da França e natural de Guaratinguetá, provincia de S. Paulo, ahi falleceu a 23 de dezembro de 1822.

Era religioso da ordem franciscana, muito respeitado não sé por sua grande erudição, como por suas raras virtudes que o fizeram ser tido em conta de santo; foi um dos fundadores do recolhimento da Luz, onde foi sepultado, e sendo eleito presidente e mestre de noviços do convento de Macacú, não tomou posse deste cargo, a pedido do bispo de S. Paulo, que o queria na sua diocese. Escreveu:

O convento da Luz em S. Paulo — Esta obra consta-me que foi publicada em Lisboa; não a vi. Ultimamente foi transcripta no periodico Luz, tomo 2°, pags. 217, 225, 233 e 241 e seguintes.


Frei Antonio de Santa Gertrudes — Nasceu na cidade do Rio de Janeiro pelo anno de 1784, sendo seus paes José Francisco de Figueiredo e dona Feliciana Gertrudes da Conceição.

Carmelita, cujo habito recebeu a 2 de junho de 1804, exerceu diversos cargos até o de provincial em sua ordem, que elle exaltou não só por sua vasta erudição, como tambem por sua prudencia e zelo administrativo; foi eximia theologo, e tão douto, tanto nas lettras sagradas como nas profanas, que se dizia que elle em sua cabeça trazia uma bibliotheca; foi prégador imperial, e orador tão eloquente e fecundo, que, como disse Balthazar da Silva Lisboa, era appellidado de Bossuet brazileiro.

Escreveu muitos sermões, que deixou ineditos, tendo publicado alguns, de que apenas conheço :

Sermão de graças, prégado na igreja da ordem terceira do Carmo a 3 de abril de 1826, pela chegada do imperador dom Pedro I ao Rio de Janeiro de volta da Bahia. Rio de Janeiro, 1826.

Sermão que na solemne acção de graças pelo regresso dos exilados da cidade de S. Paulo recitou na capella da ordem terceira do Carmo da