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Muito versado nas sciencias de direito, orador distincto e escriptor applaudido, foi um dos ornamentos da congregação academica do Recife e um dos mais fortes baluartes das ideias liberaes; exerceu de 1855 a 1859 o cargo de official-maior da secretaria do tribunal do commercio de Pernambuco ; foi socio e orador do instituto archeologico pernambucano e de outras associações de lettras, e escreveu:

Theses apresentadas á faculdade de direito afim de obter o grau de doutor. Recife, 1856 — Além destas ha as theses de concurso que nunca pude ver.

Propriedade litteraria: historico e sustentação de um projecto a respeito, apresentado á camara dos senhores deputados em 14 de agosto de 1856. Recife, 1859.

Lições sobre a infallibilidade e o poder temporal do papas. Recife, 1860 — Consta-me que esta obra foi reimpressa com a seguinte:

Estudos sobre o ensino publico. Recife, 1860—1861, 2 vols. in-4.°

Discurso lido na sessão solemne do atheneu pernambucano. Pernambuco, 1860, 13 pags, in-8.°

Discurso ao assumir a regencia da cadeira de direito ecc1esiastico, Recife, 1861.

Discurso de abertura do curso de direito publico e constitucional, Recife, 1864.

Saldo contra o paiz (primeira conta corrente). Reflexões politicas de Marco Antonio Recife, 1866, 37 pags. in-8° — Este opusculo e os dous seguintes são escriptos de censura aos actos do ministerio, de que era então chefe o Marquez de Olinda.

Saldo contra o paiz (segunda conta corrente). Reflexões politicas de Marco Antonio. Recife, 1866, 39 pags. in-8.°

Saldo contra o paiz (terceira conta corrente), Reflexões politicas de Marco Antonio. Recife, 1866, 28 pags. in-8.°

A liberdade consciencia: discurso pelo orador do instituto archeologico pernambucano na sessão solemne do gabinete portuguez de leitura, etc., dedicado aos leitores da Opinião liberal. Recife, 1869, 21 pags. in-4° — Na introducção desta obra, depois de declarar o autor que advoga a liberdade de consciencia e de cultos, o de fazer considerações neste sentido, assim se exprime: « Sou catholico, apostolico romano e a Deus imploro a graça de morrer tal; mas isto para mim nunca significou, nem jamais significará que eu veja em cada padre um santo, em cada pontifice um senhor universal, dispondo do céo e da terra, decidindo infallivelmente do espiritual e do temporal, impondo ao mundo o seu Syllabus politico, fazendo-se arbitro das nações. »

Discurso depois do memento mandado celebrar pelo partido liberal de Pernambuco na matriz de Santo Antonio do Recife em commemoração do illustre Joaquim Nunes Machado e seus companheiros nas lutas da revolução de 1848. Recife, 1866, 13 pags. in-4.°

Discursos e diversos escriptos. Recife, 1872, 445 pags .. in-4°—