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Almanak, etc. para o anno de 1862. S. Luiz, 1862 — Contém diversas noticias historicas e estatisticas e diversas poesias.

Almanak, etc. para o anno de 1863. S. Luiz, 1863.

Almanak, etc. para o anno de 1864. S. Luiz, 1864 — Contém um catechismo agricola, annuncios e os estatutos da companhia Porvir das familias.

Almanak, etc. para os annos de 1865, 1866, 1868 — S. Luiz, 1865 a 1867, 3 vols. — Nota-se aqui a exclusão do almanak para 1867 que foi elaborado pelo doutor Antonio do Rego. De 1869 em diante foram redigidos e publicados por João Candido de Moraes Rego, de quem farei menção depois.


Bellarmino Ricardo de Siqueira, Barão de S. Gonçalo — Nasceu na villa de Saquarema, provincia do Rio de Janeiro, em 1791, e falleceu a 9 de setembro de 1873, em Nictheroy.

Era um abastado capitalista e fazendeiro em sua provincia, coronel commandante superior da guarda nacional do municipio da capital, grande do imperio, commendador da ordem da Roza, e escreveu:

Relatorio, apresentado á mesa administrativa do asylo de Santa Leopoldina no biennio de 1868 a 1869 pelo provedor da irmandade de S. Vicente de Paula, Barão de S. Gonçalo. Rio de Janeiro, 1869, in-4°


Benedicto Marques da Silva Acauã — Nasceu na provincia da Parahyba pelo anno de 1815, e na mesma provincia falleceu, ha muitos annos.

Fez o curso de direito na faculdade de Olinda, onde recebeu o grau de bacharel, exerceu o cargo de inspector geral dos terrenos diamantinos na Bahia, e representou na camara temporaria a provincia da Parahyba na legislatura de 1842 a 1845, que foi dissolvida no primeiro anno, na de 1844 a 1847, e na de 1848 a 1851, dissolvida em 1849. Era membro correspondente do instituto historico e geographico brazileiro e escreveu:

Relatorio dirigido ao governo imperial em 15 de abril de 1847 — Foi pelo autor offerecido o manuscripto ao instituto historico, que o publicou em sua revista, tomo 9° , pags. 227 a 260. Este relatorio é dividido em duas partes: na 1ª trata-se da administração, da medição e arrendamento dos terrenos, das companhias, dos faiscadores e das explorações; na 2ª se descrevem os terrenos diamantinos e particularmente aquelles que o autor considera poderem proporcionar ao Estado uma renda consideravel. Esta parte do relatorio, conforme disse o doutor M. P. Lagos, primeiro secretario do instituto, parece confirmar não ser fabulosa a existencia das ricas minas de plata, na serra dos Paulistas ou da Moribeca, descobertas pelo colono Roberio Dias a dom Felippe II, e que não foram descobertas por negar este soberano áquelle colono o titulo de Marquez das Minas, que em recompensa lhe pedira este. Os indicios desta presumpção acham-seahi patentes.