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capital, capitaneados pelo caudilho Vicente de Paula; e finalmente da do Rio de Janeiro, depois de cuja commissão foi agraciado com o titulo de visconde. Foi deputado por sua provincia diversas vezes, sustentando uma luta travada com a camara unanime, de politica opposta, em 1859; foi escolhido senador do imperio em 1855; ministro da fazenda em 1848 e em 1857, e finalmente conselheiro de estado; era grã-cruz da ordem de Christo, dignitario da ordem da Roza e membro do instituto historico e geographico do Brazil e de outras associações litterarias.

Liberal de principias, e de crenças firmes, mas cheio de amor pela patria, acompanhou vigoroso o gabinete presidido pelo Visconde do Rio Branco no empenho da promulgação da lei de liberdade de ventre, e depois disto na questão que se chamou religiosa, foi além da politica do mesmo gabinete, atacando com exaltado fervor as pretenções da curia romana.

Além de muito

Relatorios publicados — como ministro de estado e como administrador de provincia, e de artigos politicos em diversas folhas, escreveu:

Os bancos do Brazil, sua historia, defeitos da organização actual e reforma do systema bancario. Rio de Janeiro, 1848, in-8.°

A situação economica e financeira do Brazil — Vem na Bibliotheca brazileira, 1863, tomo 1°, ns. 1 e 2.

Discursos pronunciado na camara dos deputados na sessão de 1851 da nona legislatura da assembléa geral. Rio de Janeiro, 1851.

Manifesto do centro liberal. Rio de Janeiro, 1866, 67 pags. in-4° — E' assignado tambem por José Thomaz Nabuco de Araujo, Zacarias de Goes e Vasconcellos, etc.

Programma do partido liberal. Rio de Janeiro, 1870, 17 pags. in-4° — Idem.

O conselheiro Souza Franco, quando estudava em Olinda, collaborou no Diario de Pernambuco, e redigia ao mesmo tempo a

Voz do Beberibe. Pernambuco, 183* — Nunca vi este jornal. Depois escreveu em diversas folhas e foi um dos escriptores da

Bibliotheca brazileira: revista mensal por uma associação de homens de lettras. Rio de Janeiro, 1863, in-4.° (Veja-se Quintino Bocayuva.)


Bernardo Taveira Junior — Natural da provincia do Rio Grande do Sul e nascido em 1836, desde seus mais verdes annos deu-se com pronunciado ardor ao cultivo das lettras, e muito particularmente ao de línguas, tanto que — além da língua patria, conhece a franceza, allemã, italiana, hespanhola, sueca, dinamarqueza, latina, grega e ultimamente estudava o guarany e o sanscripto. E os variados conhecimentos que possue não são adquiridos em academia ou faculdade; mas sómente deve-os a seus estudos de gabinete, guiados por uma grande força de vontade.

Exerce o professorado desde 1857, leccionando principalmente materias de instrucção secundaria, e nunca tendo abraçado partido algum politico,