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ao convento, em que professou. São desta composição os seguintes versos:

Não profiras o voto. A voz tolhida
Expire-te nos labios quanto o tentes...
Primeiro do que Deus fui teu esposo;
Elle mesmo conhece os meus direitos,
Ouviu teu juramento, abençoou-o!
Que rompas não lhe apraz a fé jurada,
Nem quer p'ra si a noiva, que espontanea,
Por voto também santo era já minha.

Joaquim Eustaquio de Azevedo Franco — Sei que é brazileiro; nada, porém, pude apurar a seu respeito, sinão que escreveu:

A colmeia pyramidal ou methodo natural e simples de augmentar prodigiosamente os productos das abelhas: obra extrahida do tratado do inventor Mr. Ducouedic. Rio de Janeiro, 1841, in-4°.

Joaquim Feliciano Gomes — Si não nasceu no Maranhão, ahi viveu e era talvez deputado à assembléa provincial quando escreveu:

Projecto apresentado á assembléa legislativa provincial do Maranhão, pedindo a S. M. o Imperador a amnistia geral para os nossos irmãos pernambucanos.; discussão na tribuna e na imprensa por Joaquim Feliciano Gomes. Rio de Janeiro, 1850, in-4°.

Joaquim Felicio dos Santos — Filho de Antônio Felicio dos Santos e nascido em Diamantina, Minas Geraes, no anno de 1828, alli falleceu a 21 de outubro de 1895, bacharel em sciencias sociaes e juridicas pela faculdade de S. Paulo e senador federal pelo estado de seu nascimento. Sem abandonar as sciencias, as lettras, a politica, onde sempre pugnou pelas idéas democraticas, dedicou-se quasi que exclusivamente ao torrão natal que para elle era a vida, era tudo. Deputado á décima segunda legislatura geral, propoz na camara a abolição do poder moderador e a do senado vitalicio, depois entrou em duas listas triplices para senador no regimen monarchico. Intelligencia robusta, mas dotado de excessiva modestia, teria uma existência quasi ignorada, si não fossem seus escriptos, dos quaes conheço:

O Jequitinhonha: folha politica, litteraria e noticiosa. Diamantina, 1861-1872, in-fol. — Publicou-se doze annos, sempre com trabalhos de J. Felicio.