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Joaquim José de Sant’Anna — Natural de Minas Geraes, falleceu em Ouro Preto a 18 de abril de 1890, presbytero do habito de S. Pedro, e vigario nesse estado, escreveu:

Oração funebre, recitada nas exequias de D. Pedro V, rei de Portugal — Sahiu na obra «Exequias que ao muito amado rei de Portugal, o senhor D. Pedro V, dedicaram na capella de S. Francisco de Assis, da cidade de Ouro Preto, os portuguezes residentes na mesma cidade a 30 de janeiro de 1862, Ouro Preto, 1862».

Joaquim José de Sant’Anna Esbarra — Não sei em que logar do Brazil nasceu, nem as épocas de seu nascimento e obito. Vivia até 1791 em Lisboa, onde escreveu algumas poesias, de que Innocencio da Silva não quiz dar noticia no corpo de seu Diccionario, mas só nas correcções e additamentos. Este illustre bibliographo confessa haver dado entrada no seu livro a outras mediocridades, mas de nenhum tratou com tanto menospreço como tratou desse pardo brazileiro. Será por causa da côr, visto que não pòde ser pela mediocridade de Esbarra, que elle foi excluido do logar que a outros em eguaes condições foi dado? Suas composições publicadas são:

Pendencia que tiveram os deuses no Olympo na presença de Jove em razão de querer cada um cantar o hymenêo do Exm. Sr. Duque de Lafões etc. Lisboa, 1788, 15 pags. in-4°.

A gloria dos brazileiros e o triumpho immortal dos europeus, representados nos Illmos. e Exmos. governadores que são e teem sido da America, Africa e Asia. Lisboa, 1879, 16 pags. in-4°.

Saudosa cantilena que repetiram os pastores Limbrano, Anodino e Lizardo na arcadia brazileira etc. Lisboa, 1789, 14 paga. in-4° — Estas composições são todas em oitava rimada.

Suspiros desentranhados pela dôr dos socios do theatro do Salitre na morte do Exm. Sr. D. José Thomaz de Menezes etc. Lisboa, 1790, 15 pags. in-4° — Em versos endecasyllabos.

As saudades de Lisboa nos corações brazileiros ou suspiros magoados do pastor Lidoro na despedida que faz de Lysia famosa. Lisboa, 1791, 16 pags. in-4°.

Joaquim José da Silva — Natural do Rio de Janeiro e irmão do conego João Pereira da Silva, de quem já occupei-me, viveu do ultimo quartel do seculo passado ao primeiro do seculo actual. Sapateiro de profissão, teve commercio com as musas e foi