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��ROS

��As flores, de um bonito encarnado, em um clice avermelhado, coriaceo, parecendo um jarro, formado na base por um tubo, do qual desprendem-se, em circulo, laminas vermelhas contendo os orpros floraes.

O tracto redondo, de C a 9 cent- metros de dimetro, pouco mais ou me- nos, oferecendo no pice uma coroa tubulosa denteada.

Sua superfcie lisa, mas no bem igual; sua cr amarella esverdinhada ou rubra.

A casca coriacea, de alguma espes- sura, dentro amarella, formando lojas, divididas por delgadas membranas e cheias de pequenos gros cr de rosa, arredondados ou facetados, transparen- tes, encerrando um liquido doce, acido, e um caroo no centro, oblongo e branco.

Propriedades medicas. A cascada raiz vermfuga, especialmente empre- gada contra a solitria.

O pericarpo ou casca do fruto ads- tringente .

Rosa. Roseira {de Rhodon.) Fam. das Rosceas. E' um arbusto de um caule raras vezes n

Folhas pennatifidas.

Flores hermaphroditas , terminaes , agglomeradas, excepcionalmente iso- ladas, grandes e vistosas, em geral muito odorferas.

O tubo de seu clice carnoso e um pouco comprimido na extremidade ; o peristoma quinquepartido, contam-se n'ellas cinco ptalas e numerosos es- tames.

No gnero Rosa conhece-se 185 espcies, e cultiva-se mais de 1400 variedades.

A Rosa uma lr especial por sua forma, cr e fragancia.

Sua ptria a sia e a Europa.

Para com o Brasil, n'esta parte, foi mesquinha a natureza, porm, em com- pensao, cultiva-se uma grande va- riedade de espcies de Rosa.

As roseiras crescem pouco mais ou menos bem em todos os terrenos ; ellas

��prosperam melhor nas terras movedias, frescas e profundas.

A torra solta por excellencia a da roseira, quanto s terras pobres ne- cessrio ou conveniente adubal-as com um estrume qualquer, e ainda melhor com estrume de gado vaccum, para se obter uma bella e abundante produco de rosas no anno.

O colorido geralmente delicado das rosas desmerece rapidamenee nas lu- gares mui batidos pelos raios do sol ; certas rosas tornam-se roxas.

Seria, pois, vantajoso plantar as ro- seiras nos lugares um pouco sombrios.

N'estes ltimos tempos propuzeram para enxerto as roseiras silvestres.

Estas roseiras pegam com uma grande facilidade, no necessrio que ellas tenham raizes.

E' preciso mesmo evitar deixar-lhe no momento da plantao um galho comprido de mais, porque ento nas- cem d'elle numerosos gomeleiros que exhaurem e matam muitas vezes o enxerto.

A roseira silvestre destinada re- ceber o enxerto, deve estar quasi com- pletamente privada do galho.

No momento da disposio pre- ciso no deixar seno um talo curto e fazer d'elle quasi um garfo ; a repro- duco no ser menos segura.

A plantao se faz no Outono ou muito cedo na Primavera.

Deve escolher pimpolhos bem direi- tos, da casca luzente, e regeitar to- dos os que forem disformes, de cas- cas escabrosas, e cuja grossura no exceder a 5 decimetros.

Durante a vegetao, supprime-se todos os ramos inferiores, no conser- vando seno os dois ou trs mais vigo- rosos botes do pice.

Entre as roseiras silvestres ha algu- mas cuja vegetao mais ou menos vigorosa.

No momento do enxerto, importa muito escolher o garfo, de maneira que haja analogia entre elle e a varie- dade qne se tem de enxertar, quer dizer que preciso, para obter um

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