Página:Diccionario de botanica brasileira.djvu/87

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��de um porte arbreo, e pode cha- mar-se o Gigante das Gramneas.

Seu caule toma as propores de um tronco de altura immensa, com um di- metro de mais de 12 centmetros, apre- sentando ns de distancia em distan- cia, maneira de taboca; co ou tu - buloso e ramoso.

As folhas, grandes em proporo, so palmas.

As flores em cachos grandes, cujos fructos so carnosos segundo a orga- nisao das Gramneas.

Dos ns que existem no tronco d'estas Gramneas se extrae um licor gommoso e doce, que se acha concretado na cavi- dade do tubo e que conhecido pelo nome de Tahaxr.

Mas s na sia aonde este licor celebre por lhe attribuirem maravi- lhosas propriedades.

Os nossos indigenas no Par servem- se dos gommos do Bamh para guardar lquidos, pondo-lhes uma tampa, servin- do-lhes de potes para agua e outros mis- teres.

No Rio de Janeiro as escadas de mo para as armaes dos templos so feitas do Bamh porque ficam muito altas e pesam menos do que as de outra qual- quer madeira.

Bainb Ia lutlia. Bambusa arun- diiiacea., Rhecd. e Bump. Fam. idem. Ha Bar/ibs cultivados entre ns que so adquiridos da ndia, sua origem, d'onde passaram ao nosso paiz.

E' um arbusto de caules em touceira com o porte do Taquari; mas sua fo- lhagem no de um verde claro como o d'este, sim de um verde escuro no embaciado, porm com a superfcie lisa.

Cada planta de per si forma um grupo tal, que parece uma reunio de muitas plantadas no mesmo lugar.

O caule como est descripto no Guada.

As folhas oblongas e lanceoladas, abra- am o caule.

As flores dispostas em ramos esga- lhados, parecem sementinhas, como so

��as de todas as Gramneas., em que con- fundem-se as flores com os fructos.

Na sia, ptria por excellencia dos Bamhs, vem-se grandes extenses de terrenos cobertos de Bambus., que com os ventos se agitam uns sobre outros de tal maneira, e cujo estrpito to forte, que muitas vezes assusta aos vian- dantes ; at asseveram pessoas de cri- trio que j tem pegado fogo pelo des- envolvimento do calor, quando a frico chega a certo gro.

E' d'estes caules que os chins e outros asiticos fabricam tantos objectos d'arte, curiosos e de valor.

Da pellicula da casca fabrica-se o papel da China.

As folhas envolvem as caixas que nos conduz o ch da ndia.

Os gommos servem de vasos, benga- las, conductores, lanas, flechas, pennas de escrever e para construco de casas e moveis.

Entre os chinezes as venezianas so feitas de Bambus.

Os caadores apoderam-se de um pe- dao que tenha o n no centro, de um lado introduzem a plvora, e do outro o chumbo.

Finalmente presta-se a ser fendida em tiras para fazer-se esteiras, balaios, ces- tos, etc, e nos navios utilisa-se para vergas, cabos, etc.

Com as fibras fazem-se mechas para vellas .

A dureza do Bambu tal que os indios quando querem fogo, batem dois peda- os de bambus um no outro, immediata- mente produz innumeras faiscas,e appro- ximando-se um pedao de papel este incendeia-se immediatamente.

Do n de seu caule tira-se um assucar branco chamado tabaxir ; pela fermenta- o d um licor conhecido por Am^.

Bananeira an. Hexandra mo- uoecia., Lnn. Mnsa [Nana). Fam. das Musaceas. D'esta espcie de vegetaes alguns so originrios da ndia, e cre- mos que outros so do Equador, e por consequncia do Par.

So plantas reconhecidas pelos natu-

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