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DOM JOAO VI NO BIIAZIL 135

separada da antiga capitania de Sao Paulo, constitue o Es- tado do Parana.

Uma terra de tao favoraveis condigoes pelo que diz res- peito ao clima, a uberdade e ao caracter da gente, nao podia deixar de ir progredindo por si, apezar de demorado o au- gmento da populagao pela carencia de todo movimento im- migratorio e de limitadissimas as aspiragoes d essa communi- dade agricola e pastoril, cnde as ideas adiantadas nao cir- culavam quasi fora da capital e as ambigoes politicas nao se tinham ainda manifestado. Com effeito Sao Paulo, que em 1807 exportava 496 contos, cinco annos depois, em 1813, -exportava 666 contos e importava 766. Nos generos expor- tados contavam-se, como parcellas mais importantes, 578.000 arrobas de assucar contra 9.223 apenas de cafe, e 11.263 ^~ begas de gado suino contra 1.402 de gado vaccum; algaris- mos que por certo nao faziam prever o desenvolvimento que mais tarde tomariam aquelle cultivo nas encostas de vSao Paulo e esta criagao nos campos do Parana. Nas importances incluiam-se principalmente 3.445 pipas de vinho, 37.669 al- queires de sal e 4.447 arrobas de xarque, generos todos de

alimentagao. Outras necessidades seriam secundarias, e de-

viam sel-o n uma sociedade occupada com bem raras exce- pgoes em fabricar assucar, plantar milho, ferrar bois bravos, vigiar as manadas de milheiros de animaes, lagar e abater rezes para as xarqueadas e domar potros ariscos.

Vegetavam as capitanias interiores de Goyaz e Matto Grosso, uma vez passada a phase de produccao aurifera que na primeira metade do seculo XVIII havia determinado o seu mui escasso povoamento. Ao inverse das terras de Sao Paulo, onde os indigenas tinham diminuido enormemente,

andavam aquellas outras terras entregues muito mais aos

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