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DOM JOAO VI NO BRAZIL 190

Contra o rigor differencial para com os navios chega- dos dos Estados Unidos e que representava, com suas demo- ras propositaes nas visitas e aggravamento de taxas, um em- barago ao commercio americano, protestou o ministro Sumter e obteve melhoria, nao tanta comtudo que cessasse de quei- xar-se para o Departamento em Washington da pouca cor- dialidade com que era tratado. Limitava-se o agasalho a visi tas officiaes dos ministros e conselheiros de -Estado: pro- vavelmente, dizia elle, por ser eu de paiz democratico. Sumter era o primeiro a reconhecer quao reduzido se offere- cia o intercurso social da capital brazileira; mas a melhor prova de que nao menos singular Ihe parecia a frieza de- monstrada no seu caso esta em que, segundo se ve pela cor- respondencia de Maler, que cuidadosamente apontava estas cousas, acabou o representante americano por so muito rara- mente comparecer as festas da corte.

Alem da sua tara republicana, nao Ihe dava grande pe no circulo governamental da nagao alliada da ingleza, a. ini- mizade entao vivissima entre a Gra Bretanha e as suas anti- gas colonias emancipadas. Sabemos quanto D. Rodrigo era anglophilo e quanto por outro lado convinha a Inglaterra afastar todo o concorrente perigoso para sua expansao mer- cantil. Os Estados Unidos nao gosavam por tudo isso senao de uma sympathia mediocre junto a corte do Rio de Janeiro. "Deveis ter presente, escrevia Sumter ao Secretario de Es tado Robert Smith, ( i ) que faz parte da disciplina dos allia- dos da Inglaterra nao se satisfazerem com que nao sejam os neutros inimigos d ella; antes pretendem absolutamente que sejam seus amigos."

��(1) Arch, do Depart. d Esta-do dc Washington.

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