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DOM JOAO VI NO BRAZIL 237

medio de 120 alumnos, mas nao se puzeram em pratica por demasfado completes os estatutos, nem se verificaram por indolencia os exercicios praticos, nem se deu por incompe- tencia o devido desenvolvimento a theoria das constructs, nem se attendeu por negligencia a organizagao dos compen- dios ( i ) .

O impulso entretanto estava dado. A decisao pertinaz de um ministro, firmado no bom senso arguto do seu sobe- rano, rompera as machadadas a espessa crosta de gelo austral que isolava das sementes liberalmente espalhadas o terreno inculto, porem cheio de humus, onde ellas podiam germinar. E os exemplos mostram como logo fructificaram. Em Per- nambuco, onde desde o bispo Azeredo Coutinho funcciona- vam um seminario de estudos secundarios e ecclesiasticos, um collegio de meninas estabelecido com um legado do deao da Cathedral e um quasi systema de escolas primarias, abria- se aos 6 de Junho de 1814 um curso de estudos mathemati- cos, recitando o discurso de inauguracao o Dr. Antonio Fran cisco Bastos, oppositor da f aculdade de mathematica de Coim- bra, lente e director dos estudos militares da capitania. O se minario anteriormente existente encerrava no seu programma linguas vivas e mortas, philosophia, rhetorica, geographia, historia universal e sagrada, desenho, mathematicas elemen- tares, historia natural e theologia.

No Rio, a Aula de Commercio simultaneamente creada com a Academia Militar, viu-se muito mais frequentada ainda, sendo de resto natural que sobrfelevasse o espirito mer- cantil ao bellico, que nunca foi accentuadamente caracteris- ^ico nosso. Foi professor d essa Aula, nomeado em 23 de Ja neiro de 1810, Jose Antonio Lisboa, o qual cursara os estu-

��(1) Moreira de Azevedo, o&, cit.

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