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faire ensuite de mauvaise grace, ce qu il auroit fallu faire d abord de la bonne maniere". O empenho da Gra Bretanha era alias comprehensivel, desde o mo-mento em que fora ella que, sem delegacao de Portugal, tomara para este o compro- misso de restrtuigao de uma conquista encorporada a monar- chia com certo esforgo, independente de compensagao de qualquer ordem, quando todas as outras potencias aprovei- tavam o ensejo de obter largos augmentos terrftorfaes ou outras vantagens positivas.

A Franca quizera de resto valer-se da circumstancia do tratado ter sido ajustado em nome do Principe Regente de Portugal e ja se achar ratificado pela Franga e Inglaterra, para dispensar a ratificacao portugueza e mandar receber Cayenna. Brito, em Pariz, foi quem se oppoz a respectiva expedicao em que ia de commissario para a demarcacao das Guyanas Victor Hugues, pretextando, e com razao sobeja pelo que Ihe tocava, que a alludida confirmacao do seu go- verno era necessaria e se devia esperar que chegasse. Sabedor ja de nao querer Dom Joao dar o seu assentimento ao tratado de Pariz, preferindo aguardar o resultado das deliberates do Congresso de Vienna, Brito recusou tambem o alvitre suggerido por Jaucourt ( ministro dos negocios estran- geiros, na ausencia de Talleyrand) de ir um aviso ou brigue ligeiro buscar no Rio e levar ao norte as ordens para a en- trega da conquista. ( I )

A concessao unica que o encarregado de negocios de Portugal em Franca resolveu fazer sob sua responsabilidade foi permittir o despacho de navios francezes para Cayenna, como porto portuguez aberto ao commercio de todas as

��(1) Corresp. da Leg. de Londres, 1814, no Arch, do Min. das Rel. Ex<t.

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