Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/14

Wikisource, a biblioteca livre

578 DOM JOAO VI NO BRAZIL

I

i

destacamentos portuguezes, o commandante das forgas ex- pedicionarias e capitao general do Rio Grande do Sul D. Diogo de Souza firmara-se n este proceder irregular e opposto a pacificagao - - e mister ter presente que Artigas comegou sua aventurosa carreira agindo sob as inspiragoes e batalhando de harmonia com a Junta de Buenos Ayres para nao dar cumprimento ao convenio de 20 de Outubro de 1811 e evacuar o territorio hespanhol do Prata. Promettera comtudo em carta dirigida a Junta, a 2 de Janeiro de 1812, deixal-o definitivamente si fossem acceitas certas requisites suas, a comegar pelo reconhecimento formal da parte das au- ctoridades constituidas em Buenos Ayres e Montevideo do desinteresse, dignidade e justiga com que o Principe Re- gente de Portugal procedera mandando entrar suas tropas na Banda Oriental com o fim de conseguir uma pacificagao e de consolidal-a.

Exigia amda D. Diogo dos mesmos governos locaes o compromisso de nao intentarem de facto aggressao alguma contra os dominios porfciguezes, salvo por ordem expressa da Regencia da Hespanha, ficando as questoes de limites pendentes para serem resolvidas directamente pelos gabinetes do Rio e de Cadiz. ( I )

Segundo o General Mitre (2), a razao principal, senao unica, da demora na execucao do armisticio e consequente desoccupagao do territorio uruguayo pelas tropas portugue- zas, foi o desejo de D. Diogo de Souza, creatura de Dona Carlota Joaquina, de promover os interesses de sua ama, para isto contando com a cooperagao militar de Goyeneche e a conjuragao de Alzaga, que ambas falharam. Dos documentos

��(1) Correio Brazlllcnse, vol. IX, n. 50, de Julho de 1812.

(2) Historic, de Belgrano y de la Independence Argentina,, vol. II.

�� �