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814 DOM JOAO VI NO BRAZIL

que custam muito e de nada servem, d elles escrevia Maler , e sem recrutas ; a administracao concentrada nas maos "de um anciao minado pela febre e pelas convulsoes" como era Barca; "esgotadas as financas e nullo o credito". (i)

Tanto mais louvavel e admiravel foi portanto o serio movimento de reaccao que teve lugar na capital brazileira contra a implantagao da d esordem no paiz e que compre- hendeu, alem do estabelecimento, a 16 de A bril, de um se- vero bloqueio da costa pernambucana e parahybana pela es- quadra legal (2), a organizagao de um solido corpo ex- pedlcionario as ordens de Luiz do Rego, que Maler appel- lida d e militar bravo e leal, sem qualidades de administrador, porem geralmente estimado pelas suas excellentes quali dades.

A difficuldade em arranjar soldados era igual a de de- senvincilhar-se o governo dos muitos officials, uns a meio soldo, outros circurnstancialmente licenciados, pertencentes ao exercito de Portugal, que pediam servico. "Os officiaes portuguezes, communicava o encarregado de negocios de Franga, serao sem duvida preferidos, e e para receiar que isto produza mau effeito entre os Brazileiros. Em occorren- cias e conjuncturas como as presentes, urge nao se deixir so guiar pelos principles militares."

Com effeito o movimento, ao mesmo tempo que anti- dynastico, era anti-portuguez e d esta sua cor tiveram ni- tida impressao a fidalguia e o commercio do Rio ao tomarem

��(1) Officio do 20 do Marco do 1S17. (2 A osijiiadra do Rodrigo Lo bo nao doixava do facto sahii- n.-rvio algum, mosmo noutro, sendo as <!mivirca<;o"S ostvan- gciras quo lontaram i or<;ar o blo iuoio, crpiuvadas c roiid:!//das sob bandclra povtugueza para a Baliia.

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