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DOM JOAO VI NO BRAZIL 1043

viesse em materia de congresses, foi, de combinagao com os outros dous, o unico que alii se apresentou.

A Inglaterra usara com o representante portuguez de uma linguagem sincera. A lord Stewart, embaixador em Vienna, que recebera ordem de achar-se em Troppau quando alii se encontrassem os soberanos allfa dos, mandou lord Cas- tlereagh instruccoes para que se deixasse alii em paz a re- volugao portugueza, no proprio beneficio da conservagao da auctoridade de Dom Joao VI, cuja presenga so por si daria satisfacgao as queixas e collocaria de novo a nagao nos seus eixos, sem que se avivassem suspeitas nativistas e se abonasse a opiniao dos que pretendiam querer a Inglaterra conser- var Portugal n uma dependencia indecorosa ( I ) . Longe do tumultuar das paixoes e do pugnar dos partidos, mais avi- sadas providencias ainda poderia o Rei ir entrementes archi- tectando para defrontar com a situagao.

A opiniao pu blica britannica ja era no conjuncto liberal bastante para festejar as mudangas politicas de que estava sendo theatro a Peninsula Iberica, e ao gabinete conservador nao convinha crear, mormente de motu proprio, mais tro- pegos a sua gestao. Em Napoles tambem o constituciona- lismo obtivera uma victoria, que mais ephemera seria que as outras, e o ministro Acourt nao fora retirado, si bem que Ihe nao tivessem expedido novas credenciaes.

Lord Castlereagh previa acertadamente que Dom Joao VI se adaptaria a ordem de cousas dominante em Por tugal e tratava de contemporizar, aconselhando ate D. Jose de Souza a responder a circular de Hermano Braam- camp, ministro dos negocios estrangeiros do governo liberal

��(1) Dospaeho de lord Castlorcagh a lord Stewart, no Arch, do Min. das Rel. Ext.

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