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1050 DOM JOAO VI NO BRAZIL

gmentar os males que alii se estao soffrendo, e compromet- ter mais a Pessoa d El-Rei (i).

O governo britannico, assumindo uma attitude que nada tinha de ambigua, declarou em despacho circular aos governos estrangeiros que reputava perigosa a ingerencia das potencias colligadas nas transacgoes interiores dos outros Es- tados, protestando que nao adheriria as medidas que a tal respeito se pudesse ter em vista. Em conversagao com Souza, admittiu lord Castlereagh sem difficuldade que a circular houvesse inspirado alguma confianga em Lisboa aos chefes do partido revoltoso, fortificando-os na justa crenga de que a Inglaterra so se julgaria obrigada pela estipulacao dos tratados quando se tratasse de livrar Portugal de uma ag- gressao estrangeira, nao para rebater um levantamento na- cional.

Deplorou o ministro de estrangeiros da Gra Bretanha na alludida entrevista com D. Jose de Souza (2), que a pu- blicidade dada a declaragao das intengoes dos alliados de aba- farem as revolugoes levadas a cabo por facgoes armadas, e a referenda feita aos sentimentos do governo inglez no as- sumpto, tivessem posto este na necessidade de dirigir a cir- cular em questao, que o prendia nas suas operagoes.

O soberano de Portugal e Brazil tampouco desejava, antes repudiava uma intervengao da Santa Allianga no seu reino europeu. O monarcha que futeis compiladores de me- morias, como a doidivanas duqueza de Abrantes, expuzeram quasi imbecil aos olhos da posteridade, e de quern escarneceu sem do, glosando anecdotas postigas, um historiador cheio de

��(1) IGorresp. de Lon dres, 1820-1821, no Arch, do Min. das Rel. Ext.

(2) Corresp. de Londres, 1820-1821, iUdem.

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