Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/546

Wikisource, a biblioteca livre

1110 DOM JOAO VI NO BRAZIL

provincias ultra-marinas iam virtualmente sacudindo o jugo do Rio, mas para se encaminharem para a recolonizacao, e de antemao justificavam o esforgo consideravel dos Andradas e outras patriotas para unificarem de novo o paiz, fornecen- do-lhe um centre de acgao e uma orientacao conjuncta e harmonica.

Esta questao de nacionalidade constituia o eixo em volta do qual continuaram a gyrar, em Marco e Abril, as discussoes sobre o regresso da corte para Pbrtugal. O novo ministerio opinava pela partida de Dom Joao VI por Ihe parecer ser d todo ponto impossivel ao Rei acompanhar de tao longe a obra constitucional de reforma, e haver o perigo conconlitante de dar-se um scisma na monarchia: mais facil, entenidiam os do governo, de evitar-se, estando o soberano na antiga se de da sua auctoridade e permanecendo o Principe como penh or da dynastia.

Dom Joao resignava-se sem se consolar. A sua partida ficou assente. Deixou-a El-Rei perceber a Maler no dia do bom successo da Princeza Real, quando este foi a cumpri- mental-o, e annunciou-a Silvestre Pinheiro Ferreira em nota circular de 13 de Marco ao corpo diplomatico estrangeiro e as legagoes na Europa. Segundo este documento, o Principe so se demoraria no Brazil ate se estabelecer a Constituigao geral da monarchia, ficando no porto a fragata Untao para opportunamente transportal-o com a Princeza.

Silvestre cedia n este assumpto porque, entre os seus collegas de ministerio, estava isolado no p ensar que a par tida do Rei implicava a separagao do Brazil, attendendo a que so ficavam depois d ella, para nranterem e legitimarern seu poder ja quasi nominal, tropas aborrecidas com razao pelo mau comportamento de muitos dos seus membros, e

�� �